O Dia Mundial sem Carro, comemorado neste sábado em diversos
países, incluindo o Brasil, pede que automóveis sejam deixados na
garagem e que outras opções de transporte sejam exploradas. Entre elas
está a bicicleta, uma tecnologia bastante antiga - por volta de 1490
Leonardo DaVinci já havia desenhado um protótipo que tem muito da "bike"
que hoje conhecemos - que continua em plena evolução.
Por ser um modal de transporte limpo, que ajuda a promover a
sustentabilidade, principalmente nas grandes cidades com intenso tráfego
de veículos motorizados, especialistas de diversas áreas apontam para o
crescimento do uso da bicicleta no Brasil e no mundo. E o mercado não
fica trás, oferecendo diversas opções aos ciclistas. Atualmente, além de
modelos com câmbio eletrônico e bikes elétricas, existe uma variedade
de acessórios e até softwares que utilizam os recursos tecnológicos e
digitais disponíveis para tornar a experiência de pedalar ainda mais
segura, produtiva ou divertida.
Bikes de ponta
Diversos fabricantes de bicicletas tem investido em diferenciais tecnológicos para seus produtos. Um exemplo é a empresa
Dynamic Bicycles,
que desenvolveu modelos de bicicleta que não usam corrente ou correia,
mas sim um sistema de propulsão que envolve uma haste de direção e um
cubo de engrenagem interna. Segundo a marca, a ausência de correntes
deixa a pedalada mais suave e a manutenção mais fácil.
Também sem corrente, a
Mando Footlose é a primeira bicicleta
elétrica com essa característica. Outro diferencial é que ela carrega a
bateria com a própria energia da pedalada, com o movimento do pedivela
alimentando um gerador. Para ficar ainda mais prática, a Mando Footlose
é dobrável.
Já quem gosta das tradicionais correntes, da simplicidade das
bicicletas do tipo "fixed gear" (de pinhão fixo, sem câmbio, muitas
vezes sem freio, com o controle centrado na própria pedalada) e também
de pedalar à noite, pode se interessar pelo modelo
Kilo Glow, da Pure Fix. O quadro dessa bike absorve a luz do sol e brilha no escuro.
E os que desejam ser ainda mais sustentáveis ao optar pela bicicleta pode usar um quadro da
MuzzyCycles, que reutiliza garrafas PET para sua produção, em um processo de desenvolvimento limpo que também poupa recursos.
Segurança
Apesar de não ser equipamento obrigatório para o cliclista que pedala no
Brasil, o capacete é um importante item de segurança que pode,
literalmente, evitar muita dor de cabeça ou coisa pior.
Para quem gosta ou precisa fazer pedaladas noturnas, o capacete
Torch 1
é bastante indicado, pois vem com iluminação embutida. Seguindo padrões
ao qual motoristas já estão habituados, a acessório tem luz branca na
parte frontal e vermelha na traseira. O produto, que já está à venda por
US$ 120, teve lançamento comercial viabilizado pelo site de
crowdfunding Kickstarter.
O
ICEdot é um sensor que funciona junto a um aplicativo para
smartphone, com o objetivo de avisar serviços de emergências em caso de
acidentes. Se o ciclista sofre um impacto muito forte, como uma queda
brusca, o sensor ativa seu sistema de alarme - se não precisar de
socorro, há um tempo de 30 segundos para desativar o aviso. Se não for
desativado, o alarme segue para um serviço de emergência (escolhido pelo
ciclista antes do início do trajeto) e através do GPS do telefone passa
ao socorro as coordenadas para a ajuda chegue o mais rápido possível.
Há ainda uma opção para quem não gosta de capacete, um acessório batizado como
Hövding.
Feito para ser usado no pescoço e não na cabeça, parece uma gola de
casaco esportivo. Se o ciclista sofre um forte impacto, essa ¿gola¿
libera uma espécie de airbag que envolverá a cabeça da pessoa. O
Hövding ainda vem com uma espécie de "caixa preta", com conexão USB, que
monitora atividade do produto, possibilitando inclusive identificar
motivos de alguma eventual falha no equipamento.
Sinalização
O mínimo que um ciclista que pedala à noite deve usar é um par de
sinalizadores iluminados (dianteiro branco e traseiro vemelho) para
ficar visível enquanto passa pelas ruas. Algumas pessoas também gostam
de vestir coletes com faixas reflexivas. Mas dá pra contar com outras
opções.
O
System 48 Plus, da LED by LITE, é um sistema de sinalização
noturna com iluminação de LED de alta intensidade. Usa bateria
recarregável de lítio, que pode ser alimentada com um cabo USB conectado
ao computador. O System 48 Plus ainda vem com um painel de controle sem
fio, que permite que o ciclista controle o modo de pulsação no qual as
luzes piscam.
Para quem não gosta de coletes reflexivos, mas quer um chamariz a mais além de luzes sinalizadoras, tem no
Halo Belt
uma opção. Este cinto de material flexível e iluminado por LED pode ser
usado de diversas formas sobre a roupa do ciclista e vem em diferentes
opções de cores.
Aplicativos
Para quem gosta de planejar rotas, calcular distâncias percorridas ou a
percorrer, e usar outros benefícios, como localização via GPS, os
aplicativos para ciclismo podem ser bastante úteis. Veja alguns exemplos
abaixo.
iMapMyRide: aplicativo gratuito para Android e iPhone com
recursos para traçar rotas, medir distâncias, monitorar performances e
queima de calorias, e com GPS ativado também é possível usar
funcionalidade de rastreamento em tempo real.
Strava Cycling: além de monitorar o progresso individual nas
pedaladas, este app permite que o usuário compare sua performance com a
de amigos que também usam o programa. Gratuito, em versões para iPhone e
Android.
Bike Doctor: aplicativo com instruções para consertos e
manutenção de bicicletas, reúne orientações para resolver os 40
problemas mecânicos mais comuns nas "magrelas". Em versão para Android,
custa R$ 5,90 no Google Play.
Ciclocomputadores
Há algum tempo já existe até um tipo especial de dispositivo, feito
especialmente para ser usado em bicicletas: os ciclocomputadores. O
aparelho tem funcionalidades de velocímetro, odômetro, cronógrafo,
velocidade média, quilometragem, relógio, podendo ter outro recursos
também.
Há uma variedade de opções disponíveis no mercado, e os preços em
média variam entre R$30,00 (modelos mais simples) e R$ 250,00. O
ciclocomputador
Strada Wireless, da CatEye, por exemplo, que não
tem fios nem cabos e usa sistema de botões que permite configurar o
aparelho facilmente, mesmo em movimento, custa cerca de R$ 180,00.
Outros
Ainda existem muitas outras opções de acessórios para ciclistas que
gostam ou precisam de tecnologia na hora de sair sobre os pedais.
Entre elas, está o acessório
EcoXGear, que é uma espécie de
gerador para bicicleta, alimentado pela energia cinética da pedalada. A
energia armazenada pode ser usada para recarregar luzes de sinalização e
até mesmo a bateria de smartphones e outros dispositivos com conexão
USB, como MP3 players e aparelhos GPS. O acessório fica preso junto a
roda dianteira da bike, de uma forma que não atrapalha o movimento.
Ciclistas interessados em registrar fotos e vídeos durante seus
trajetos podem ver na câmera GoPro um bom investimento. O equipamento,
conhecido no mercado por sua utilização em diversas modalidades
esportivas, filma em HD e capta fotos com até 11 megapixels de
resolução. O modelo
HD Hero 2 Outdoor Edition inclui no kit uma
caixa protetora à prova d'água, fitas para prender a câmera no capacete
ou na cabeça, suportes adesivos para superfícies planas e curvas, e um
braço para girar a câmera em três diferentes direções.
fonte:
http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI6171225-EI15607,00-Dia+Mundial+sem+Carro+veja+acessorios+tecnologicos+para+bikes.html