1.Em junho de 2008 cinco mergulhadores foram arrastados para longe de seu barco e ficaram à deriva. Chegaram à terra firme 12 horas depois, escapando das águas infestadas por tubarões - mas ainda não estavam a salvo.
O lugar a que eles chegaram era a ilha de Rinca, na Indonésia, um dos últimos redutos naturais de dragões de Komodo. Os mergulhadores deram de cara com um deles e passaram dois dias tentando afugentá-lo, atirando pedras contra ele e gritando, até ser resgatados.
Dragões de Komodo devorando búfalo selvagem na ilha de Rinca, Indonésia
Até a Primeira Guerra Mundial muita gente achava que os dragões de Komodo eram uma lenda. Então um piloto sobreviveu à queda de seu avião perto da ilha de Komodo, contando sobre os dragões [fonte: Zoológico de Honolulu]. Ele teve muita sorte.
Os dragões de Komodo (nome científico Varanus komodoensis) merecem a reputação que têm de animais ferozes. Seres humanos são atacados e devorados por eles [fonte: BBC News]. Parte de uma família de lagartos conhecidos como monitores, os dragões de Komodo são os maiores lagartos do mundo. O maior já medido tinha mais de 3 metros de comprimento e pesava 166 kg [fonte: UKTV]. Na média, os dragões de Komodo têm cerca de 2,5 m e pesam 90 kg [fonte: Zoológico de Honolulu]. Só para dar ideia da força dos bichos: quando é preciso tirar amostras de sangue do dragão de Komodo do Zoológico de Londres, são necessárias duas pessoas apenas para segurar a cauda do bicho - que nem é dos maiores, com 54 kg.
Muitos cientistas acham que o recordista de 166 kg tenha comido algo grande logo antes da pesagem. Um dragão de Komodo pode comer o equivalente a 80% de seu peso em 20 minutos [fonte: Zoológico de Honolulu]. O animal pode engolir de uma vez porções enormes, porque seu crânio e sua mandíbula são flexíveis como as das cobras. A dieta do dragão de Komodo inclui galinhas, javalis, veados, cabras e até animais enormes, como búfalos. E de vez em quando, um ser humano. O dragão de Komodo é o único lagarto a atacar presas maiores que ele mesmo. Com frequência ele ataca outros de sua espécie. Cerca de 10% do que um dragão de Komodo come são outros dragões de Komodo [fonte: Zoológico de Honolulu].
Não são muitas as espécies que conseguem sobreviver a um ataque do dragão de Komodo - entre elas estão o homem e o próprio dragão de Komodo. Ameaçado de extinção, com cerca de 4.000 espécimes selvagens, o dragão de Komodo está no topo da cadeia alimentar em seu habitat [fonte: Zoológico de Honolulu].
O que faz desse lagarto um predador tão bem-sucedido? Veremos em seguida.
Os dragões de Komodo (nome científico Varanus komodoensis) merecem a reputação que têm de animais ferozes. Seres humanos são atacados e devorados por eles [fonte: BBC News]. Parte de uma família de lagartos conhecidos como monitores, os dragões de Komodo são os maiores lagartos do mundo. O maior já medido tinha mais de 3 metros de comprimento e pesava 166 kg [fonte: UKTV]. Na média, os dragões de Komodo têm cerca de 2,5 m e pesam 90 kg [fonte: Zoológico de Honolulu]. Só para dar ideia da força dos bichos: quando é preciso tirar amostras de sangue do dragão de Komodo do Zoológico de Londres, são necessárias duas pessoas apenas para segurar a cauda do bicho - que nem é dos maiores, com 54 kg.
Foi o primeiro caso conhecido de partenogênese (nascimento sem fecundação) na espécie [fonte: UKTV].
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Muitos cientistas acham que o recordista de 166 kg tenha comido algo grande logo antes da pesagem. Um dragão de Komodo pode comer o equivalente a 80% de seu peso em 20 minutos [fonte: Zoológico de Honolulu]. O animal pode engolir de uma vez porções enormes, porque seu crânio e sua mandíbula são flexíveis como as das cobras. A dieta do dragão de Komodo inclui galinhas, javalis, veados, cabras e até animais enormes, como búfalos. E de vez em quando, um ser humano. O dragão de Komodo é o único lagarto a atacar presas maiores que ele mesmo. Com frequência ele ataca outros de sua espécie. Cerca de 10% do que um dragão de Komodo come são outros dragões de Komodo [fonte: Zoológico de Honolulu].
Não são muitas as espécies que conseguem sobreviver a um ataque do dragão de Komodo - entre elas estão o homem e o próprio dragão de Komodo. Ameaçado de extinção, com cerca de 4.000 espécimes selvagens, o dragão de Komodo está no topo da cadeia alimentar em seu habitat [fonte: Zoológico de Honolulu].
O que faz desse lagarto um predador tão bem-sucedido? Veremos em seguida.
A mordida do dragão de Komodo
2.Com quase 60 dentes, serrilhados como os de um tubarão, com perto de 1 cm cada, o dragão de Komodo é um predador brutal. E o ataque de um dragão de Komodo é garantia de uma refeição.
Mesmo que o animal caçado não morra no momento do ataque, quase com certeza estará morto depois de alguns dias. O dragão de Komodo espera pacientemente, seguindo a presa ferida por quilômetros, localizando-a graças ao olfato. Como a maioria dos lagartos e cobras, o dragão de Komodo tem o olfato muito apurado. Não é como nosso olfato. Da mesma forma que uma cobra, o dragão de Komodo "cheira" coletando ar com sua língua bifurcada e depositando-o em receptores no céu da boca. Graças a esse método ele consegue detectar uma carcaça a 8 km de distência [fonte: Zoológico de Honolulu].
Não se sabe exatamente como a mordida do dragão de Komodo mata.
Até recentemente os cientistas tinham certeza que eram bactérias presentes na boca do dragão de Komodo que matavam a presa depois de alguns dias. A explicação faz sentido. Na saliva do dragão de Komodo há entre 50 e 80 tipos de bactérias [fontes: National Geographic, BBC News]. Tantas bactérias entrando na corrente sanguínea numa mordida são sinônimo de infecção e morte. Mas pesquisas recentes mostram outra possibilidade.
O dragão de Komodo deixa de lado cerca de 10% de cada animal que caça. Para comparar, um leão não come cerca de 30% da presa [fonte: Smithsonian]. Além das partes de sempre (e outras, como os intestinos) o dragão de Komodo também engole pelos, ossos, chifres e cascos. Como ele não consegue digerir essas coisas, o que acontece depois? Ele vomita de volta, numa maçaroca malcheirosa chamada de bolo gástrico.
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Os dragões de Komodo são imunes a seu veneno, o que, como todas as defesas biológicas, tem possíveis aplicações na pesquisa médica. A descoberta do anticorpodo dragão de Komodo que o protege de seu próprio coquetel de bactérias poderia levar ao desenvolvimento de uma nova classe de antibióticos poderosos.
Em 2004 cientistas identificaram o anticorpo das najas que as protege de seu veneno. Eles creem que a compreensão de como os receptores de veneno são bloqueados nesses animais permitirá a criação de tratamentos avançados para infarto, AVC e câncer [fonte: National Geographic].
Para mais informações sobre dragões de Komodo e outros assuntos relacionados visite os links indicados na próxima página.
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