QUASE LÁ: POR ENQUANTO O SKATE LEVITA APENAS EM SUPERFÍCIES METÁLICAS (FOTO: REPRODUÇÃO)
Antes de mais nada, relembre esta cena:
Voar por aí em uma espécie de prancha parece ao mesmo tempo uma ideia sensacional e um tanto inviável, não? Acredite se quiser, mas o skate voador pilotado por Marty McFly na parte dois de De Volta Para o Futuro foi construído de verdade por uma startup do Vale do Silício - ele ainda é limitado, mas sem dúvida é um primeiro passo.
Para fazer a tecnologia deslanchar e, inclusive, entregar os dez primeiros produtos daqui a um ano, a Arx Pax iniciou nesta terça (21/10) uma campanha de financiamento coletivo no Kickstarter para arrecadar US$ 250 mil. Pasme: em um único dia no ar, mais de 1200 apoiadores patrocinaram o projeto e fizeram com que batesse a meta inicial.
A ideia do skate voador fez tanto sucesso que os dez protótipos oferecidos pela ~bagatela~ de US$ 10 mil já foram todos vendidos. Quem quiser muito dar uma voltinha no chamado Hendo Hover ainda consegue garantir um passeio de cinco minutos pelas instalações da empresa por US$ 100.
O magnetismo é o que faz com que a prancha levite cerca de 2,5 centímetros do chão: os engenheiros por trás da invenção desenvolveram um arranjo de quatro ímãs capaz de fazer com que o objeto seja repelido de maneira controlável apenas de superfícies metálicas. O princípio é semelhante ao dos trens de alta velocidade maglev, mas nunca antes havia sido utilizado neste contexto. A técnica é versátil e pode ser usada até em naves de brinquedo (!):
A empresa também anunciou um outro produto chamado de Whitebox, uma caixinha branca que levita da mesma forma que o skate e vem com o sistema magnético para que qualquer um possa explorar a tecnologia como quiser.
É possível controlar os ímãs com aplicativos para Android e iOS, o que pode resultar, por exemplo, em jogos como este:
A tecnologia foi patenteada como Magnetic Field Architecture (Arquitetura de Campo Magnético) e, segundo a Arx Pax, pode revolucionar os transportes, com aplicações em carros ou trens. Setores como o da construção civil também serão beneficiados: os engenheiros argumentam que seria possível, por exemplo, fazer com que um prédio levite desta maneira e não seja destruído por um terremoto.
Fonte:Revista Galileu