sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Colisão de nuvens moleculares cria 'espiral' no espaço,Astrônomos japoneses descobrem formação rara, apelidada de 'rabo de porco'.

















Astrônomos japoneses descobriram uma nuvem molecular - formação no espaço compostas por gás e poeira na forma molecular e que dá origem às estrelas - com um formato em espiral que eles apelidaram de "rabo do porco".
A nuvem, localizada no centro da via Láctea, possui um volume gigante de gás, centenas de milhares de vezes maiores que o Sol e distante 30 mil anos luz do nosso sistema solar.
Segundo Tomoharu Oka, professor do departamento de Física da Universidade Keio, em Tóquio, o fenômeno teria sido formado a partir da colisão de duas nuvens moleculares gigantes.
Oka explica que a colisão de nuvens é comum, mas foram raras as vezes que ela resultou em uma formação tão peculiar no espaço.
O estudo, liderado pelo pós-doutorando Shinji Matsumura, foi publicado em julho deste ano no Astrophysical Journal. Mas a descoberta foi feita no primeiro semestre de 2009.
"O fenômeno é raro. Apenas duas outras formações helicoidais já foram vistas na galáxia", contou à BBC Brasil o professor Oka.
Berço de estrelas
Os pesquisadores dizem acreditar que, por causa do choque, uma linha perpendicular em forma de tubo, com força magnética, foi formada entre as nuvens e depois "torcida e espremida para se tornar uma estrutura helicoidal durante o contato de fricção".
A pesquisa indicou que o gás molecular foi capturado pelo tubo magnético, formando assim a espiral.
O estudioso japonês explica que as formações de gás podem originar as estrelas conforme vão ficando mais densas. No caso de colisões, o gás é altamente comprido.
Isto significa que a formação inusitada observada pelos cientistas no Observatório Astronômico Nacional do Japão pode um dia virar uma estrela.
Ao todo, seis cientistas trabalham no estudo destas nuvens moleculares.
Eles analisam, entre outras coisas, a rotação de apenas seis das diversas moléculas encontradas, pois acreditam que elas podem ser a pista para a compreensão do estado físico da matéria. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/geral,colisao-de-nuvens-moleculares-cria-espiral-no-espaco,927255,0.htm

Via Láctea está envolta em halo de gás quente,Formação se estende por centenas de milhares de anos-luz e tem massa comparável com a soma das massas de todas as estrelas da galáxia.













Um estudo feito por um grupo internacional de astrônomos encontrou evidências de que a Via Láctea está envolta por um enorme halo de gás quente.

A formação se estende por centenas de milhares de anos-luz e tem massa comparável com a soma das massas de todas as estrelas da galáxia. O estudo foi conduzido a partir de observações feitas por meio do Chandra, o observatório de raios X da Nasa, a agência espacial norte-americana.
Se a dimensão e a massa do halo de gás forem confirmadas, isso poderá resultar em uma explicação para o problema conhecido como “bárions perdidos da galáxia”.

Bárions são partículas, tais como prótons e nêutrons, que compõem mais de 99,9% de toda a massa de átomos existente no Universo. Medidas de halos de gases e de galáxias extremamente distantes indicaram que a matéria bariônica presente quando o Universo tinha apenas 4 ou 5 bilhões de anos representava cerca de um sexto da massa e da densidade da matéria não observável – também chamada de matéria escura.

Um censo feito recentemente estimou o total de bárions presente nas estrelas e gases na Via Láctea e em galáxias vizinhas. O resultado apontou que pelo menos metade dos bárions simplesmente não estava presente.

Estudos recentes indicaram que a Via Láctea e suas vizinhas estão envoltas em gases com temperaturas que variam aproximadamente entre 100.000 e 1 milhão de graus celsius. O novo estudo sugere que o halo em torno da Via Láctea pode ter até 2,5 milhões de graus – centenas de vezes mais quente do que a superfície do Sol.

Os cientistas também concluíram que a massa de gás do halo é equivalente à massa de mais de 10 bilhões de vezes a do Sol. E pode ser ainda maior, chegando a 60 bilhões de vezes a do Sol.

A pesquisa feita por Anjali Gupta, da Ohio State University, nos Estados Unidos, e colegas aponta uma possibilidade para a dúvida de onde foram parar os bárions perdidos na Via Láctea: eles estariam escondidos no halo que envolve a galáxia.

E a densidade estimada do halo é tão pequena que halos em outras galáxias podem ter escapado das observações dos astrônomos até hoje. O estudo foi publicado no periódico The Astrophysical Journal

Lançado em 1999, o Chandra é um dos quatro Grandes Observatórios da Nasa, ao lado do Hubble, do Compton (de raios gama) e do telescópio espacial Spitzer.


fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,via-lactea-esta-envolta-em-halo-de-gas-quente,935681,0.htm