quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Asteróide gigante passou perto da Terra neste sábado, segundo Nasa

Com 2,5 quilômetros de largura, corpo celeste seria capaz de provocar devastação em nosso planeta, segundo cientistas

Imagem aponta distância entre asteróide gigante e Terra neste sábado (10)
Nasa
Imagem aponta distância entre asteróide gigante e Terra neste sábado (10)
A população mundial suspirou aliviada ao acordar na última quarta-feira (7) e constatar que, mais uma vez, o mundo não acabou. O fim da vida na Terra estava previsto para aquela data, de acordo com uma seita cristã online com sede na Filadélfia, nos Estados Unidos.
Mas a previsão "quase" se concretizou neste sábado. De acordo com a Nasa, a agência espacial americana, um asteróide gigante, com aproximadamente 2,5 quilômetros de largura, passou a uma distância muito próxima da Terra neste sábado (10).
A informação foi confirmada pela estação da Nasa responsável pelo monitoramento de corpos espaciais com potencial para causar danos à Terra. Segundo cientistas informaram ao jornal britânico The Mirror, um asteróide com essa dimensão seria capaz de devastar a Terra, caso a atingisse.
O asteróide, batizado de 86666 (2000 FL 10), passou a uma distância entre 15 milhões e 25 milhões de quilômentros do nosso planeta. Para efeito de comparação, essa distância representa praticamente a metade do espaço existente entre a Terra e Marte (a lua está a 384 mil quilômetros de nós).

Antártica pode entrar em colapso em 2100

Estudo aponta que continente deve dobrar o nível de degelo atual até 2050, levando a uma catástrofe até o fim do século

O continente da Antártica, o mais frio do planeta, deve dobrar o nível de degelo atual até 2050, sendo que até o final do século entrará em colapso devido às mudanças climáticas no globo terrestre.
Segundo o estudo, o derretimento das calotas no continente deve dobrar até 2050
Segundo o estudo, o derretimento das calotas no continente deve dobrar até 2050
A revelação surgiu em um estudo foi publicado na revista científica Nature Geoscience neste mês de outubro. As conclusões surgiram através de observações feitas por satélite das camadas de gelo e de simulações.
O cientista que conduziu a pesquisa, Dr. Luke Trusel, da Woods Hole Oceanographic Institution de Massachucets, EUA, disse ao DailyMail que o resultado mostra o quão rápido se intensificou o degelo devido às mudanças no clima global.
A co-autora da pesquisa, Dra. Karen Frey, afirmou que os dados mostram que as políticas climáticas têm enorme controle sobre o futuro do derretimento das calotas da Antártica, e que devem ser consideradas para avaliar a estabilidade a longo prazo e potencial para o aumento do nível do mar.

Nasa detalha seu projeto para colonizar Marte até 2030

Ideia é de que humanos vivam e trabalhem de maneira totalmente independente da Terra.



Superfície de Marte - Divulgação/NASA /JPL-Caltech/University of Arizona

RIO — Assim como levou o homem à Lua, a Nasa pretende levar os seres humanos a Marte. Mas, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira, “ao contrário da missão Apollo, estaremos indo para ficar”. A agência espacial dos EUA tornou público os detalhes do projeto de estabelecer colônias no Planeta Vermelho até 2030. O objetivo explicitado no plano é levar terráqueos para viver e trabalhar em solo marciano, de maneira independente da Terra, daqui a 15 anos.

“Nas próximas décadas, a Nasa vai colocar em prática medidas para estabelecer a presença humana além da Terra. Buscamos capacidade para pessoas trabalharem e aprenderem a manter uma vida sustentável fora da Terra por longos períodos de tempo. Qualquer viagem a Marte vai levar muitos meses e um retorno precoce não é uma opção. Viver e trabalhar no espaço requer aceitar o risco, e o risco desta viagem vale a pena”, afirma o ousado relatório, chamado “Jornada para Marte”.
Para chegar ao planeta, os cientistas irão primeiro ao espaço Cislunar, que fica no entorno da Lua, e depois começarão as viagens com destino ao novo habitat dos humanos. Nas etapas finais, a Nasa pretende enviar missões à órbita do planeta vermelho ou a uma de suas luas e, posteriormente, pousar na superfície de Marte e confeccionar as colônias a partir de arquitetura modular e impressão 3D.
A partir de agora, a agência americana pretende desenvolver métodos para que o homem possa viver no espaço profundo sem apresentar problemas de saúde, ou ser vítima dos efeitos da microgravidade. Para isso, informações colhidas na Estação Espacial Internacional (EEI) serão importantes. Driblar esses efeitos será um passo fundamental para a permanência humana no planeta vermelho, uma vez que, devido ao medo dos efeitos da radiação espacial nas pessoas (como câncer e demência), atualmente os astronautas não podem viver fora da terra por muito tempo.
“A Nasa está mais próxima de enviar astronautas americanos a Marte que em qualquer outro momento de sua história”, diz o relatório.
Mas por que a Nasa escolheu Marte para receber a primeira colônia humana fora da Terra? Segundo a agência espacial, Marte é o próximo horizonte do espaço e a próxima fronteira tangível para expandir a presença humana no universo. Os robôs em Marte encontraram recursos valiosos para que a vida humana seja viável em sua superfície, como o gelo de água logo abaixo da superfície, de acordo com a organização. Os equipamentos também mostraram que a evolução geológica do planeta vermelho e seus ciclos climáticos são compatíveis com os da Terra. “Marte já teve condições adequadas para a vida”, afirma o relatório.
Com a jornada sem volta, os cientistas pretendem responder à questões como: Marte já abrigou vida microbiana? Ele ainda abriga? Poderia ser um lar seguro para os seres humanos um dia? O que o planeta pode nos ensinar sobre a vida em outro lugar no cosmos ou sobre como a vida começou na Terra? O que ele pode nos ensinar sobre o passado da Terra, presente e futuro?

“A Nasa está levando nosso mundo em uma viagem a Marte. Como no Programa Apollo, nós embarcaremos nesta viagem em nome de toda a humanidade. Ao contrário do Apollo, iremos para ficar. Este é um esforço pioneiro histórico — uma viagem possível graças ao empenho contínuo de missões científicas e da exploração para além da órbita da Terra”, informa o documento.
O relatório, que repete diversas vezes que “Marte é um objetivo que podemos alcançar”, ainda diz que a grande parte da tecnologia necessária para a missão estão em vários estágios de conceituação, desenvolvimento ou teste.
A missão da Nasa para Marte consistirá em três etapas. A primeira, já em curso, é centrada na pesquisa a bordo da EEI. Lá, estão sendo testadas as tecnologias necessárias para a viagem e a vida em Marte, além de conduzidas análises sobre como superar os problemas de saúde que os humanos poderiam desenvolver em solo marciano. Na segunda fase, a Nasa vai aprender a realizar operações complexas no espaço profundo que permitirão que as tripulações retornem à Terra em questão de dias. Já no terceiro estágio, que pode demorar décadas para ser implementado, serão construídas atividades independentes da Terra com base no que foi pesquisado na EEI, permitindo missões humanas a Marte e suas imediações, incluindo as luas marcianas, e a superfície marciana.

Fonte:http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/nasa-detalha-seu-projeto-para-colonizar-marte-ate-2030-17733437

Cientistas desenvolvem vacina efetiva contra a tuberculose

Pulmão com tuberculose
Pulmão com tuberculose: os cientistas desenvolveram a cura usando uma versão modificada da bactéria Mycobacterium tuberculosis, que não tinha o potencial de causar a doença.

Londres - Um grupo de cientistas americanosdesenvolveu uma vacina efetiva que oferece um forte proteção contra a tuberculose e uma alternativa à única que existe, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira pela revista "Nature Communications".
Os resultados da pesquisa, desenvolvida pela Universidade Tulane (Louisiana, Estados Unidos), demonstram que a nova vacina, testada em macacos, é capaz de induzir uma resposta imunológica favorável nestes símios, que previamente foram infectados com uma dose letal de Mycobacterium tuberculosis, o patogênico que causa a doença.
O cientista do Centro Nacional de Pesquisa de Primatas e líder do estudo, Deepak Kaushal, e seus colegas, desenvolveram a cura usando uma versão modificada da bactéria Mycobacterium tuberculosis, que não tinha o potencial de causar a doença, mas é capaz de induzir uma resposta imune específica.

Esta vacina, que foi administrada nos animais por inalação, proporcionou aos símios um alto nível de proteção contra a infecção, provocando uma diminuição dos sintomas e uma melhora da resposta imune.
Os pesquisadores lembraram que a tuberculose, uma bactéria que se transmite pelo ar e afeta principalmente os pulmões, continua sendo uma pandemia global, em parte devido à baixa proteção oferecida pelas vacinas atuais.
Além disso, os especialistas insistiram na urgência de desenvolver tratamentos mais efetivos na luta contra a afecção e ressaltaram a diferença notável entre a nova vacina que desenvolveram e a que existe na atualidade.
O uso em aerossol da Mycobacterium tuberculosis atenuada poderia ser o primeiro passo no desenvolvimento de novos e mais potentes tratamentos contra esta patologia.

Cientistas aferem temperatura de dinossauros por seus ovos

Fóssil de dinossauro

Fóssil de dinossauro: a experiência demonstra que a temperatura varia de acordo com a função da espécie

Cientistas "aferiram" a temperatura de dinossauros de quase 80 milhões de anos ao analisar, quimicamente, seus ovos fossilizados, de acordo com um estudo publicado nesta terça-feira na revista científica britânica Nature Communications.
A experiência demonstra que a temperatura varia de acordo com a função da espécie.
Uma equipe de pesquisadores liderada por Robert Eagle, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), usou uma técnica pioneira para análise química de fósseis.
A sua composição depende da temperatura em que foram formados. Ou seja, a temperatura no ventre da mamãe dinossauro!
Dois isótopos raros de carbonato de cálcio - ingrediente-chave nas cascas de ovo - oxigênio 18 e carbono 13, tendem a se aglomerar quando as temperaturas são baixas. E separar, se são elevadas.
"Esta nova técnica nos permite definir a temperatura interna do dinossauro do sexo feminino no momento da ovulação", explica Aradhna Tripati, co-autora do estudo.
O comunicado da UCLA nota que estas foram as "primeiras medições diretas de temperatura corporal de dois tipos de dinossauros".
Os pesquisadores se concentraram em duas espécies de dinossauros: os grandes saurópodes de pescoço comprido, cujos ovos fossilizados foram encontrados na Argentina, e os pequenos oviraptores da Mongólia, espécie de ave mais próxima dos pássaros modernos.
Resultado: a temperatura corporal do maior era de cerca de 38 graus Celsius e do oviraptor era de pouco menos de 32 graus, o que indica que a temperatura corporal dos dinossauros varia entre espécies.
O estudo também observa que a "temperatura dos oviraptores era superior à temperatura ambiente, sugerindo que eles não são realmente de sangue frio, mas intermediário".
Em animais de sangue frio (crocodilos, lagartos), a temperatura do corpo é regulada pela troca de calor com o meio ambiente. Para aqueles de sangue quente ou endotérmicos (seres humanos, mamíferos, pássaros), a temperatura do corpo é regulada por um mecanismo interno, independentemente da temperatura ambiente.
"Os oviraptores poderiam pertencer a uma categoria intermédia, em algum lugar entre o crocodilo e o pássaro atual", explica Robert Eagle.
"Isto poderia significar que eles regulavam sua temperatura corporal, que podia se elevar acima da do meio ambiente, mas não manter temperaturas tão elevadas como as das aves modernas (40°)", acrescentou.
Um estudo anterior conduzido por John Grady, um biólogo da Universidade do Novo México, publicado em junho pela revista Science já conduzia às mesmas conclusões, mas de acordo com uma outra técnica baseada dos anéis de crescimento de ossos fossilizados.
De acordo com o biólogo, os dinossauros se enquadravam na categoria intermediária, chamada mesotérmica, mais próxima ao do atum, de alguns tubarões e tartarugas.

Em pleno século 21, EUA convivem com a peste, que matou milhões na Idade Média

Peste bubônica, a forma mais comum da doença, afeta os nódulos linfáticos e causa gangrena
  • Peste bubônica, a forma mais comum da doença, afeta os nódulos linfáticos e causa gangrena
Os Estados Unidos levaram o homem à Lua há quase 50 anos, mas americanos ainda morrem de uma doença que arrasou a Europa na Idade Média. Por que isso ocorre?
A chamada peste negra causou cerca de 50 milhões de mortes na África, Ásia e Europa no século 14. A epidemia dizimou metade da população europeia.
O último surto em Londres foi a Grande Praga de 1665, que matou um quinto dos moradores da cidade. Depois houve uma pandemia na China e na Índia no século 19, que ceifou mais de 12 milhões de vidas.
A doença, contudo, não ficou relegada ao porão da história. Ainda é endêmica (mantida sem necessidade de contaminação do exterior) em Madagascar, na República Democrática do Congo e no Peru. E o mais surpreendente é que ela ainda mata pessoas nos EUA.
Até o momento há registros de 15 casos no país em 2015, com quatro mortes - ante uma média de sete casos por ano neste século, segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) do governo americano.
A bactéria responsável pela doença - Yersinia pestis - entrou nos EUA em 1900, por meio de barcos a vapor infestados de ratos, de acordo com Daniel Epstein, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A praga era bastante presente (nos EUA), com epidemias em cidades portuárias da costa oeste. Mas o último surto urbano da praga foi em Los Angeles em 1925. Daí se espalhou por meio de ratos do campo, e assim se entrincheirou em partes do país", afirma Epstein.
Se não for tratada, a doença - tipicamente transmitida a humanos por pulgas - tem um índice de mortalidade de 30% a 60%. Antibióticos, contudo, são efetivos se há diagnóstico precoce.

A praga

Mais de 80% dos casos nos EUA são de peste bubônica, a forma mais comum da doença, que afeta os nódulos linfáticos e causa gangrena. Há outros dois tipos, a séptica, que causa infecção no sangue, e a pneumônica, que afeta os pulmões.
A doença pode ser difícil de identificar em seus estágios iniciais, porque os sintomas, que normalmente se desenvolvem após sete dias, parecem com o de uma gripe comum - um teste de laboratório pode confirmar o diagnóstico.
A maioria dos casos ocorre no verão, quando as pessoas passam mais tempo em áreas externas. Essas áreas nos EUA são os Estados do Novo México, Arizona, Califórnia e Colorado, segundo o CDC.
"O conselho é se precaver contra mordidas de pulgas e não manusear carcaças de animais em áreas endêmicas da praga", diz Epstein.
Todos os casos de 2015 no país foram registrados nesses Estados, ou outros Estados a oeste do meridiano 100, que divide o país no meio - Amesh Adalja, um especialista em doenças infecciosas da Universidade de Pittsburgh, refere-se a esse meridiano como a "linha da praga".
"O cão-da-pradaria (mamífero roedor) é o principal meio de transmissão da praga, e ele se concentra a oeste do meridiano 100", diz Adalja. A geografia e o clima do oeste dos EUA favorecem a presença desses roedores, e como eles são "animais sociais", acabam contribuindo na proliferação de pulgas infectadas.
O furão-do-pé-preto e o lince-do-Canadá são outras espécies suscetíveis, afirma Danielle Buttke, epidemiologista do Serviço Nacional de Parques dos EUA.
A existência desses "reservatórios animais" explica a dificuldade em erradicar a praga, afirmam especialistas.

A única doença humana erradicada até o momento, a varíola, não existe em animais. O mesmo ocorre com a poliomielite, que a OMS trabalha para erradicar, mas ainda é endêmica em três países - Nigéria, Afeganistão e Paquistão (e também na Síria desde a atual guerra civil).
"A não ser que exterminemos os roedores, (a praga) sempre vai estar por aí", afirma Epstein.
Por outro lado, cientistas no Centro Nacional de Saúde da Vida Selvagem dos EUA vêm trabalhando com parques no desenvolvimento de vacinas orais para proteger furões-do-pé-preto e cães-da-pradaria - esses últimos parecem preferir iscas com sabor de manteiga de amendoim.
Uma vacina injetável para os furões também foi criada. Isso abre a possibilidade de eliminar a doença nesses animais, ao menos nos parques nacionais mais visitados dos EUA.
A pesquisa sobre a doença está em um estágio "vibrante", afirma Adalja, com cientistas trabalhando em diagnósticos e vacinas humanas efetivas.
Isso ocorre porque a praga foi classificada como uma "arma biológica categoria A", segundo o pesquisador. Uma média de sete casos por ano é uma coisa, mas o risco de uma guerra biológica, ainda que remoto, é algo bem diferente.

Cérebro maior não é sinônimo de mais inteligência, diz estudo

Estudo avaliou dados de 88 pesquisas publicadas anteriormente.
Homens têm cérebro maior, mas não são mais inteligentes que mulheres.


Interatividade Bem Estar Cérebro (Foto: Sxc.hu)
Estudo concluiu que ter cérebro grande não significa ser mais inteligente (Foto: Sxc.hu)
Ter um cérebro maior não é garantia de ter um QI mais alto, já que o que importa é como está estruturada a massa cinzenta - é o que revelou um extenso estudo que cruza os dados de dezenas de pesquisas anteriores.
Os dados mostram claramente que os cientistas "superestimaram" a suposta relação entre o tamanho do cérebro e o rendimento intelectual, explicou nesta quarta-feira (14) à agência APA o diretor do estudo, Jakob Pietschnig, da Universidade de Viena.
O pesquisador afirmou que o fator decisivo é "a estrutura do córtex, o mesencéfalo (cérebro médio) e o cerebelo, e o fato de que a matéria branca esteja conectada com a matéria cinzenta de uma forma ótima".
O estudo foi publicado na revista "Neuroscience & Biobehavioral Reviews" na semana passada, depois que Pietschnig e sua equipe realizaram uma metanálise a partir de mais de 88 estudos, com mais de 8 mil participantes.
Os dados mostram que os homens, apresar de terem um cérebro maior do que o das mulheres, não têm mais habilidades cognitivas.
As pessoas com um cérebro anormalmente grande, condição conhecida como megaencefalia, têm em média um rendimento menor nos testes de QI, afirmou Pietschnig.
A mesma lógica aplica-se ao reino animal, afirmam os cientistas, que dão como exemplo o cachalote, que com um cérebro de nove quilos deveria ser o animal mais inteligente do planeta, mas não é.

Fóssil revela pequeno mamífero peludo de 125 milhões de anos

Fóssil de animal extinto foi encontrado com pele e pelos bem conservados. 
Mamífero descoberto na Espanha era do grupo Triconodonta.



 Fóssil de mamífero do período Cretáceo tinha esqueleto, pele e pelos bem preservados  (Foto: Reuters/Georg Oleschinski)
Fóssil de mamífero do período Cretáceo tinha esqueleto, pele e pelos bem preservados (Foto: Reuters/Georg Oleschinski)
Um fóssil descoberto na Espanha revelou um pequeno mamífero já extinto que viveu há 125 milhões de anos na região. Diferentemente de outros fósseis dessa idade, ele apresentava estruturas de pele, pelos e tecidos moles bem preservados. A descoberta foi publicada nesta quarta-feira (14) na revista "Nature".
Até o momento, esse grau de conservação só tinha sido visto em mamíferos que viveram mais de 60 milhões de anos depois do que o que foi identificado em Las Hoyas, no centro-leste da Espanha. "Havia condições muito especiais em Las Hoyas que permitiram que ele fosse tão bem preservado", disse Thomas Martin, professor de paleontologia da Universidade de Bonn, na Alemanha, e um dos autores do estudo.
A espécie, nomeada Spinolestes xenarthrosus, tinha o tamanho de um rato e características típicas de mamíferos, como pelos longos, orelha externa e uma variedade de estruturas de pele, como pequenos espinhos similares aos dos ouriços de hoje em dia.
"Essa espécie desapareceu há muito tempo, isso mostra que espinhos se desenvolveram separadamente em mamíferos em diversas ocasiões", disse Martin.
Os pesquisadores dizem que a descoberta acrescenta mais dados à compreensão da grande variedade de mamíferos que tinham se desenvolvido naquela época, 35 milhões de anos depois do aparecimento dos primeiros mamíferos.
  Ilustração mostra como seria mamífero Spinolestes xenarthrosus, descoberto a partir de fóssil encontrado na Espanha  (Foto: Oscar Sanisidro/Divulgação)
Ilustração mostra como seria mamífero Spinolestes xenarthrosus, descoberto a partir de fóssil encontrado na Espanha (Foto: Oscar Sanisidro/Divulgação)
Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/10/fossil-revela-pequeno-mamifero-peludo-de-125-milhoes-de-anos.html

China constrói maior radiotelescópio do mundo para detectar 'vida extraterrestre'

Disco terá 500 m de diâmetro; estrutura tira proveito de cavidade natural para posicionar antena em ângulo de 40 graus.


Disco terá 500 m de diâmetro; estrutura tirará proveito de cavidade natural para posicionar antena em ângulo de 40 graus (Foto: Reuters)
Disco terá 500 m de diâmetro; estrutura tirará proveito de cavidade natural para posicionar antena em ângulo de 40 graus (Foto: Reuters)
China está construindo o maior radiotelescópio do mundo na província de Guizhou, no sudoeste do país.
Uma vez pronta, espera-se que a estrutura permita detectar sinais de rádio ─ potenciais indícios de vida extraterrestre - em até 1 milhão de estrelas e sistemas solares.
As obras, que começaram em junho de 2011, devem terminar em setembro do ano que vem, a um custo estimado de US$ 110 milhões (R$ 420 milhões).
O Radiotelescópio Esférico de 500 metros de Abertura (ou FAST, na sigla em inglês) terá 4,6 mil painéis triangulares e será semelhante ao Observatório Arecibo, em Porto Rico, pois usará uma cavidade natural (conhecida como "karst") para dar suporte ao disco do telescópio.
Atualmente, o Observatório Arecibo é atualmente o maior do mundo, com 305 metros de diâmetro.
Como o nome sugere, a estrutura terá um diâmetro de 500 metros.
A China espera que a alta precisão do radiotelescópio permita aos astrônomos estudar a Via Láctea e outras galáxias, além de detectar estrelas a milhões de distância da Terra.
Espera-se também que a estrutura funcione como uma poderosa estação terrestre para missões espaciais.
Vida extraterrestre
A maior expectativa, no entanto, é de que o radiotelescópio potencialize as buscas por vida extraterrestre.
Em julho deste ano, a Nasa, agência espacial americana, anunciou a descoberta do Kepler 452-B, um planeta com características semelhantes às da Terra e cuja proximidade com o Sol é ideal para apoiar uma atmosfera e água no estado líquido.
Segundo especialistas, porém, ainda não é possível detectar sinais de rádio, ou potenciais indícios de vida extraterrestre, com a infraestrutura disponível atualmente.
Eles acreditam, contudo, que o cenário se modifique com o início das operações do FAST – cuja área ocupa o equivalente a 30 campos de futebol.
Estrutura
O radiotelescópio vai usar uma superfície ativa que se ajusta para criar parábolas em diferentes direções, com um disco de 300 metros de diâmetro.
Isso significa que a estrutura não vai apontar diretamente para cima, mas permitirá observar o céu a um ângulo de 40 graus.
A depressão Karst, onde o radiotelescópio está sendo construído, é grande o suficiente para acomodar a estrutura de 500 metros de diâmetro e permitir que ela seja posicionada a um ângulo de 40 graus.
Segundo os responsáveis pela construção, o refletor principal irá corrigir o desvio esférico do chão sem sistemas de alimentação complexos.

Nasa publica estudo de sobrevoo em Plutão; veja os 10 principais achados



Primeiro artigo científico com imagens de sonda desvenda paisagem variada.
Planeta-anão tem montanha de gelo, atmosfera com neblina e lago de nitrogênio.


Imagem da superfície de pluta mostra detalhes capturados em luz visível e infravermelha (Foto: Nasa/JHUAPL/SWRI)
Imagem da superfície de pluta mostra detalhes capturados em luz visível e infravermelha(Fotos: Nasa/JHUAPL/SWRI/JPL/Caltech)
Desde que a sonda New Horizons realizou um voo rasante em Plutão em 14 de julho, muitas belas imagens foram transmitidas à Terra e divulgadas pela Nasa. Mas o que efetivamente a sonda aprendeu sobre o planeta-anão? O primeiro estudo dos cientistas que comandam a espaçonave robótica foi publicado nesta sexta-feira pela revista “Science”, e resume o que os pesquisadores aprenderam até agora.
As descobertas, de modo geral, surpreenderam cientistas, que não esperavam ver um objeto cósmico tão complexo, com superfície tão variada, e com alguns elementos incomuns para um corpo celeste daquele tamanho.
“Descobrimos que a superfície de plutão exibe uma grande variedade de formações e de idades de solo, bem como substancial variação de cor, composição e brilho”, afirmaram os pesquisadores, liderados pelo astrônomo Alan Stern, no artigo. Veja abaixo as dez descobertas mais intrigantes da New Horizons:
Plutão (Foto:  NASA/JHU-APL/SwRI) 1. O coração
O elemento mais visualmente distinto de Plutão é a grande área clara em forma de coração, batizada pelos astrônomos de Tombaugh Regio. Sua parte mais lisa, a oeste, é essencialmente um lago de nitrogênio congelado, o Sputnik Planum. A área se formou numa era relativamente recente, 100 milhões de anos, porque não possui marcas de crateras. Cientistas não sabem dizer ainda como ela surgiu, porém, e esperam imagens de melhor resolução para tentar descobrir.
Imagem de Plutão mostra região Sputnik (à direita) rodeada à leste (esquerda) por montanhas de gelo (Foto:  NASA/JHUAPL/SwRI) 2. Atividade geológicaA parte mais rugosa de Tombaugh Regio, a leste, é cheia de montanhas que foram formadas por atividade geológica perturbando o leito rochoso rico em gelo de água do planeta. Algumas formações são jovens demais para terem surgido quando o planeta ainda era uma bola quente bombardeada por colisões, e cientistas acreditam que o planeta-anão pode ainda ser geologicamente ativo, com placas tectônicas se movendo, como na Terra.


Cordilheiras em plutão lembram "casca de árvore ou escamas de dragão", afirmou geólogo (Foto: NASA/JHUAPL/SWRI)
  3. ‘Pele de dragão’
Algumas cordilheiras de montanhas, vistas pela sonda, exibem uma textura chamada pelos cientistas de “pele de dragão”. O padrão é típico de cadeias que, na Terra, são formadas por vento. Em Plutão, porém, a atmosfera é fina demais para cavar tais vales. Mas milhões de anos atrás o planeta poderia estar numa posição orbital mais próxima do Sol, e o calor teria tornado sua atmosfera mais densa, dando ao vento força para causar erosão.


Foto de Plutão enviada pela New Horizons mostra região de terreno irregular a noroeste da planície gelada informalmentechamada de Sputnik Planum (Foto: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute) 4. Icebergs
Plutão tem muitas montanhas de gelo, que são as estruturas mais altas do planeta-anão. Algumas delas, a oeste de Sputnik Planum, estão agrupadas de modo estranho. Cientistas acreditam que, na verdade, essas montanhas sejam grandes blocos de gelo que flutuam ou fluturaram como icebergs num mar de nitrogênio subterrâneo congelado, apesar de estarem entaladas agora numa superfície com bordas sólidas.

5. Mar de nitrogênio líquido
Cientistas não sabem exatamente como um mar de nitrogênio líquido subterrâneo pode existir ou ter existido em Plutão, mas as condições profundas de pressão e temperatura teriam permitido à substância sólida derreter. Uma melhor compreensão do fenômeno pode ajudar a entender muitos outros aspectos de Plutão.

Imagem feita por sonda New Horizons mostra atmosfera azul de Plutão (Foto: NASA/JHUAPL/SwRI) 6. Atmosfera estável
A atmosfera de plutão é bastante alta, com cerca de 150 km de altitude, mas sua pressão, de 10 microbars, é menor do que se imaginava. Cientistas acreditavam que, com o planeta-anão se afastando do Sol desde 1989, à medida que percorre sua sua órbita alongada, uma queda de temperatura provocaria a diminuição de sua atmosfera. Esse fenômeno não pode ser descartado, mas não está ocorrendo ainda, dizem os pesquisadores.

7. Neblina
O tom azulado da atmosfera de Plutão se deve a uma espécie de neblina, que a sonda revelou tirando uma foto do planeta-anão com a luz do Sol incidindo por trás. Substâncias como acetileno e etileno estariam se formando por interação de moléculas mais simples, alimentadas por radiação ultravioleta e raios cósmicos.

Imagem da lua Caronte, de Plutão, captada em 14 de julho pela sonda New Horizons: cientistas se surpreenderam com cores e superfície com montanhas (Foto: NASA/JHUAPL/SwRI) 8. Lua ativa
Caronte, a maior das cinco luas de Plutão, com massa equivalente a 11,6% do planeta, também exibe atividade tectônica e possui composição de superfície diferenciada. Uma estranha mancha negra avermelhada em seu polo norte ainda intriga cientistas. Caronte se formou da colisão de outro objeto com Plutão e tem densidade e composição parecida com a do planeta-anão hoje, sinal de que a diversidade de objetos no cinturão de Kuiper é um fenômeno recente.


Nix e Hidra, luas de Plutão, em foto da sonda New Horizons (Foto: JPL/Nasa) 9. Luas rodopiantes
Nix e Hidra, duas luas menores de Plutão, têm órbitas inclinadas e giram extremamente rápido, sugerem os dados da New Horizons. Se isso ficar confirmado, essas seriam as duas únicas luas do Sistema Solar que não têm rotação lacrada, tal qual nossa Lua, que tem uma face sempre virada para a Terra. Suas formas são irregulares e boa parte de sua composição é gelo de água, indica seu brilho.


10. Área limpa
Sabendo de antemão que Plutão possuía cinco luas, cientistas prepararam a sonda com um sistema de desvio para enfrentar o que seria um provável enxame de objetos menores, para tirar a New Horizons de eventuais rotas de colisão. A região orbital perto de Plutão, porém, estava surpreendentemente limpa, sem nenhum grande objeto além das luas já conhecidas.