domingo, 20 de março de 2016

Cientistas recriam coração humano a partir de células tronco.

Ainda não é possível usar os corações sintéticos em transplantes reais, mas é o mais perto que já se chegou de um órgão criado em laboratório que realmente funcione.

Cientistas recuperam tecidos do coração a partir de células-tronco

Ok, ainda é coisa de filme, mas agora os cientistas estão muito mais perto de diminuir a espera por uma doação.
É que, nesta semana, cientistas do Massachusetts General Hospital e da Harvard Medical School conseguiram criar um coracão híbrido, feito em parte por células tronco.
E daí? Bom, daí que a maior dificuldade que os médicos encontram para fazer um transplante é a possibilidade de rejeição pelo corpo do receptor. Um em cada quatro transplantados apresentam algum problema relacionado à rejeição. Nos EUA, 8% dos pacientes têm uma sobrevida de apenas 6 meses
O tal do "coração híbrido" mata esse problema, já que ele é feito, em parte, com células do próprio receptor. Funciona assim: antes de transplantar o coração doado, os cientistas lavam-no com uma solução criada para remover seu tecido cardíaco, que é o pode causar a rejeição. O que sobra é um coração "limpo".
Mas aí, aparece outro problema: um coração só funciona com esses tecidos cardíacos. Para resolver mais essa, os cientistas substituem o tecido que foi "lavado" por um novo, feito a partir das células tronco do receptor, como se o coração limpo fosse uma base e os novos tecidos uma espécie de embrulho. Como esses tecidos são compatíveis com o receptor, as chances de rejeição diminuem.
Depois de tudo isso, o coração híbrido já está quase pronto, e a única coisa que falta são os batimentos cardíacos. Para simulá-los, os cientistas deram um choque elétrico no coração. E deu certo: ele começou a bater!
O processo foi testado em 73 corações humanos doados e demorou três meses para ser concluído. Mesmo assim, tudo o que os cientistas conseguiram foi testar a mecânica da coisa e ver que funciona. O passo seguinte é transplantar pra valer.  
Essa não é a primeira vez que tecidos corporais são cultivados em laboratório, mas é o mais perto que já se chegou de construir um coração em tamanho real e que funcione. Então, legal: é um passo a mais para ajudar as 40 mil pessoas que estão na fila geral de transplantes só no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.

Em 10 anos você pode morar na Lua. E não será por causa da especulação imobiliária.

Cientistas e astrônomos querem povoar a Lua e usar o aprendizado para fazer o mesmo em Marte.

lua

Em agosto de 2014, alguns dos cientistas e astrônomos mais importantes do mundo se reuniram para desenvolver formas baratas e eficazes para construir uma base na Lua capaz de abrigar humanos. Entre eles, estavam o astrobiólogo Chris McKay, da NASA , George Church e Peter Diamandis, da X Prize Foundation. Mas o resultado desse encontro só foi divulgado hoje e é uma ótima notícia para quem quer se mudar deste planeta o quanto antes: uma estação habitada na Lua pode ser criada em breve e sem quebrar os cofres.
A previsão para que essa utopia espacial se torne realidade é bastante imediata. De acordo com as informações publicadas pela revista New Space, poderíamos montar uma pequena estação lunar até 2022 com 10 bilhões de dólares ou menos - o programa Apollo, que levou o homem à Lua pela primeira vez custou o equivalente a 150 bilhões de dólares.
A explicação para o orçamento modesto e o prazo curto não tem nada de outro planeta. Novas tecnologias como impressoras 3D, robôs, carros autônomos (que se dirigem sozinhos) e privadas recicladoras serão alternativas baratas e extremamente úteis nessa migração lunática.

Guardadas as devidas proporções, o homem sabe como sobreviver na Lua, aprendizado da vivência na Estação Espacial Internacional. Os cientistas já desenvolveram suplementos alimentares complexos, mecanismos capazes de reciclar água no espaço e sistemas para equilibrar os níveis de oxigênio e dióxido de carbono.

A realidade virtual, por exemplo, seria útil para ajudar nos esforços de planejamento, desenvolvimento de cenários operacionais, testes de ambientação e treinamento de pessoal. As impressoras 3D são outra tecnologia que tem espaço garantido na maquete lunar: elas podem fabricar peças para foguetes, substituir componentes quebrados e diminuir os custos de lançamento.
Bilhetes para a Lua na classe executiva

Ao contrário do que geralmente acontece nas migrações terrestres, o ideal seria ocupar a Lua pouco a pouco e em pequenos grupos para passar estadias curtas. Com o passar do tempo (e dos avanços tecnológicos), as missões passariam períodos mais longos por lá, assim como ocorre com a Estação Especial Internacional. 

Nos planos mais ambiciosos, a estação da Lua poderia evoluir para um complexo espacial cheio de soluções multiuso. Alguns pensam nessa estação povoada por centenas de famílias, outros a imaginam como base científica ou até mesmo turística.
A Lua como trampolim para Marte
Mas a NASA não está interessada em enviar outros homens à Lua, a concentração agora é para chegar a Marte em 2030. "Para mim, a Lua é tão sem graça quanto uma bola de concreto. Mas não teremos uma base de pesquisa em Marte se não fizermos isso primeiro na Lua", afirma Chris Mckay.
Construir uma estação na Lua seria um teste para Marte. Uma valiosa oportunidade de testar sistemas de propulsão, adaptação, comunicações e formas de sobrevivência para os astronautas, com a diferença do tempo de viagem: 9 meses de distância contra apenas alguns dias até a Lua.
O grande impasse para o sonho da casa própria na Lua é a NASA, que só vai se dar ao luxo de escolher um dos destinos, ou a Lua ou Marte. Se McKay e seus colegas estiverem certos, nós podemos ir aos dois - mas antes precisamos incluir robôs e impressoras 3D na bagagem.

Nova vacina pode ajudar você a parar de fumar.

Sistema imunológico é treinado para atacar moléculas de nicotina antes que cheguem ao cérebro.

cigarro

Apenas um a cada quatro fumantes consegue abandonar o cigarro por pelo menos seis meses. Todos os outros, mesmo se contarem com a ajuda de remédios, se rendem à nicotina e retornam ao velho vício. Mas agora um novo estudo promete dar uma força para você tirar de vez o tabaco da sua vida.
Pesquisadores americanos desenvolveram uma vacina para eliminar o efeito da nicotina no corpo. O remédio treina o organismo a atacar as moléculas dessa substância antes que ela chegue ao cérebro. Sem o efeito prazeroso do cigarro, o fumante consegue largar o vício mais rapidamente.
Não é a primeira vez que cientistas tentam desenvolver uma vacina como essa. Em anos anteriores, duas delas foram testadas, mas só funcionaram em 30% dos pacientes. Uma nova versão surgiu, bem mais eficiente: 60% melhor do que a anterior. Mas os pesquisadores queriam alcançar resultados ainda melhores.
Por isso, a equipe liderada pelo químico Nicholas Jacob testou em ratos um mecanismo diferente, treinando o sistema imunológico a atacar a nicotina. Ele perceberam que, com níveis corretos de proteínas transportadoras e moléculas de nicotina, os animais desenvolvem uma resposta imunológica eficiente. E ainda deixaram os ratos um pouco nauseados ao receber uma dose extra de nicotina.
Resta agora saber se a vacina surte o mesmo efeito em seres humanos.

50 tons de aranha: Aracnídeo amarra a parceira na hora do sexo.

O macho da espécie Pisaurina mira prende a parceira - para não ser devorado.

Aranha e Algema

Se você ver duas aranhas juntas pelos cantos da sua casa, antes de se desesperar, está liberado colocar para tocar Earned It, do The Weeknd, música responsável pela única indicação de 50 Tons de Cinza ao Oscar. Isso porque, se tem um inseto no reino animal, que curte a temática do livro/filme sobre sadomazoquismo, são os aracnídeos.
Um estudo realizado pela Universidade Nebraska  descobriu que aranhas macho da espécie Pisaurina mira amarram suas parceiras na hora do sexo. Mas, apesar da possível esquentada no relacionamento que isso pode trazer, o principal objetivo das aranhas masculinas é só sairvivo mesmo. As fêmeas da espécie constantemente gostam de - literalmente - devorar o parceiro, logo após o acasalamento.
As aranhas mira não produzem teias para prender suas presas, porém, tanto o macho quanto a fêmea fabricam linhas que são utilizadas para que os animais se possam fugir de predadores, e evitar quedas desnecessárias. É justamente essa teia que as aranhas do sexo masculino utilizam para prender a parceira. A amarração acontece durante a relação. O macho imobiliza as patas da aranha, para tentar impedir que a fêmea o engula. E ele tem que ser rápido. A fêmea começa a tentar mastigar o parceiro logo depois da liberação do esperma. Ele passa instantaneamente de parceiro para presa.
Até mesmo o corpo dos aracnídeos é definido por essa característica sexual. O estudo descobriu que, apesar do corpo das fêmeas ser maior (o tamanho delas gira em torno de 17mm, enquanto eles têm 12mm de comprimento), as patas deles são mais alongadas, quando se compara as proporções corpóreas. O tamanho de suas oito pernas é crucial para a manipulação da teia, e consequentemente, para a sobrevivência do macho. De acordo com a pesquisa, apenas 10% das aranhas masculinas sobreviveram após uma relação sem amarrar a parceira. Quando conseguiam prendê-las, o número subia para 70%.
"Esses animais estão em uma área de estudo que as pessoas se referem constantemente como 'conflito sexual', em que o melhor para a fêmea talvez não seja o melhor para o macho, e vice versa", afirmou em comunicado, Eileen Hebets, bióloga da Universidade de Nebraska, e co-autora do estudo. "Eu acho que isso mostra que simples observações podem render descobertas muito significativas, que podem esclarecer processos fundamentais - como a evolução da escolha de parceiros", completa.

O incrível animal que abre uma boca nova a cada refeição.

Novas pesquisas ajudam a desvendar a hidra, minúsculo parente das medusas e das águas-vivas, um dos animais mais esquisitos que existem.

Hidra

A hidra é tão estranha que foi batizada com o nome do monstro mitológico grego que conseguia crescer uma nova cabeça a cada vez que um heroi decepava a velha. Seu feito é quase tão impressionante quanto: o minúsculo animal faz uma boca surgir a cada vez que detecta a presença de um alimento. Assim que a refeição está terminada, o orifício se fecha.

Uma nova pesquisa que acaba de ser publicada ajuda a entender o mecanismo. "Parece um pouco com o controle da pupila no olho humano", disse a líder do estudo, a biofísica Eva-Maria Collins, ao New York TimesO animal consegue detectar indícios químicos de suas comidas preferidas - camarão, por exemplo -, o que faz com que as células de sua camada externa, o ectoderma, se abram. Não é mesmo muito diferente do que o olho humano faz diante de alguma ameaça, dilatando a pupila.

Hidra
A cada vez que come, a hidra abre um buraco na sua camada externa, o ectoderma, aqui representado em verde.

A equipe de Collins, que faz pesquisa na Universidade da Califórnia em San Diego, conseguiu documentar o fenômeno em detalhes inéditos, como mostra o aterrorizante gif abaixo:

Hidra
O gif mostra o momento em que a hidra abre a boca para tentar engolir o vidro sobre o qual ela estava montada.

Esta cena aconteceu logo após os cientistas borrifarem químicos tirados de camarões num vidro e colocarem a hidra em cima. O monstrinho tentou comer o vidro todo.

Fonte: SuperInteressante

Cientista brasileiro cria galinha com perna de dinossauro.

Pesquisador alterou o desenvolvimento molecular de um embrião de ave e fez com que ela apresentasse uma característica dos seus ancestrais pré-históricos.

Pé de dinossauro

Se você já comeu uma coxinha de frango, deve ter notado que a parte de baixo da pata das aves é formado por dois ossos: um mais grosso e longo (a tíbia) e outro bem mais fino e um pouco mais curto (a fíbula). É justamente o comprimento desse osso fino que demarca uma das principais diferenças anatômicas entre as aves e seus ancestrais monstruosos, os dinossauros. Os repteizões tinham tíbias e fíbulas do mesmo tamanho - a fíbula mais curta é uma inovação genética que permitiu às aves gerar mais impulso, o que ajuda a entender por que elas voam tão bem. Pois então: um time de pesquisadores da Universidade do Chile liderado pelo brasileiro João Francisco Botelho conseguiu interferir no desenvolvimento do embrião de uma galinha para fazer com que o pintinho nascesse com uma perna típica de um dinossauro.

O que eles fizeram em laboratório foi inibir quimicamente a ação de um gene cuja função é interromper o crescimento do osso. Esse gene é um dos tantos que a evolução criou ao longo do processo que deu origem às aves. Essa é a segunda vez que Botelho conseguiu trazer de volta ao mundo traços típicos dos finados dinossauros: ano passado ele fez uma ave nascer sem o polegar opositor torcido, como seus reptilianos tataravós.

O objetivo dos cientistas não é reverter a evolução e transformar pássaros em monstros pré-históricos, para povoar algum Jurassic Park por aí. O que eles querem é aumentar a compreensão científica tanto do desenvolvimento dos embriões de aves quanto da transição entre os dinossauros e os pássaros. Mas é claro que pesquisas desse tipo abrem possibilidades alucinantes. Se chegar o dia em que os cientistas compreendam profundamente quais genes distinguiram os dinos das aves, seria teoricamente possível desligar todos eles, para que um dinossauro voltasse a nascer no mundo, 66 milhões de anos depois.

Fonte: SuperInteressante

Universo pode desaparecer antes do previsto, diz estudo.

Big Rip
Big Rip: a teoria indica que o universo se expandirá ao ponto de tudo ser destruído.

Um novo estudo concluiu que o Universo chegará ao seu fim daqui a 2,8 bilhões de anos. Essa afirmação é baseada na teoria Big Rip, que sugere que o espaço irá se expandir ao ponto de se tornar infinito e tudo que conhecemos será destruído.
Para essa hipótese se tornar realidade, a energia escura do espaço precisa aumentar. Desse modo, a aceleração da expansão do Universo - que está em constante movimentação desde o Big Bang - também irá aumentar e, consequentemente, o espaço-tempo deixará de existir junto com o cosmos.
Interessados nessa teoria, pesquisadores da Universidade de Lisboa, em Portugal, decidiram descobrir quando o evento poderia acontecer. Eles analisaram uma variedade de cenários e utilizaram os dados de expansão mais recentes para calcular um cronograma provável.
A partir dos estudos de taxa de expansão de galáxias e supernovas, os cientistas revelaram que o Big Rip pode acontecer a 1,2 vezes a idade atual do Universo, ou seja, 2,8 bilhões de anos. Antes, as estimativas sugeriam que o evento poderia ocorrer em 22 bilhões de anos. "Nós estamos seguros", disse Diego Sáez-Gómez, coautor do estudo, ao site New Scientist.
Porém, essa não é a única possibilidade relacionada à destruição do Universo. Há também a chance de uma espécie de Big Bang reverso acontecer, em que o Universo vai diminuir tanto de tamanho que vai chegar a um estado de zero energia termodinâmica, ou seja, ele vai esfriar. Portanto, não poderá mais sustentar processos que consomem energia, incluindo a vida.
Caso nenhuma dessas hipóteses saiam do papel, os seres humanos, provavelmente, ainda terão que lidar com o fim do Solem cinco bilhões de anos e a colisão da Via Láctea com a galáxia de Andrômeda em aproximadamente quatro bilhões de anos.

Ruas da França poderão ser iluminadas por bactérias - que brilham no escuro.

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É essa a promessa da empresa francesa Glowee, que pretende começar a comercializar a novidade no ano que vem. Trata-se de um gel que contém nutrientes, conservantes e a bactéria Aliivibrio fischeri, que normalmente vive na pele de animais marinhos capazes de brilhar no escuro, como certas espécies de polvos e algas. A empresa diz ter criado um processo para produzir essa bactéria em grande quantidade, e inventado uma maneira de fazê-la sobreviver, no gel especial, por até três dias - durante os quais ela brilha por meio de um fenômeno natural chamadobioluminescência (reação química por meio da qual seres vivos podem produzir luz).

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A ideia é aplicar o gel com as bactérias em prédios e vitrines de loja, onde sua luz esverdeada certamente chamaria a atenção - e também driblaria a legislação francesa, que proibe vitrines acesas durante a madrugada. As bactérias funcionariam como luz decorativa e auxiliar, não como fonte principal de iluminação pública. Mesmo assim, entre os investidores da Glowee está a estatal EDF, que controla 95% das redes elétricas da França.

Fonte: SuperInteressante

Ciência descobre como o zika age no cérebro dos bebês.

Estudos nos EUA e no Brasil revelam que o vírus mata boa parte das células - e escraviza as demais.

Aedes aegypti

A descoberta, que fortalece a ligação entre o vírus e a microcefalia, foi feita por um grupo de cientistas de três universidades americanas (Johns Hopkins, Flórida e Emory). O estudo, que acaba de ser publicado na revista Cell, usou células-tronco, ou seja, que têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula humana. Elas foram induzidas a se transformar em "células progenitoras neurais", que dão origem a neurônios. Em seguida, foram colocadas em contato com o vírus zika durante duas horas. Os cientistas esperaram três dias, e analisaram o resultado - que foi dramático. 
Praticamente todas as células (90%) haviam sido infectadas pelo vírus. Um terço delas estava morta, e as demais tiveram o desenvolvimento prejudicado. Isso significa que, na prática, elas teriam dificuldade em evoluir e se transformar em neurônios - o que pode explicar a má-formação cerebral típica da microcefalia. Além disso, as células que sobreviveram se transformaram em multiplicadoras do zika, liberando cópias do vírus e reforçando a infecção.   
O estudo também constatou que o zika não têm o mesmo efeito sobre células cerebrais já formadas - o que pode explicar porque ele não afeta o cérebro de adultos, que já está desenvolvido. Os autores do estudo americano ressaltam que ele não é uma prova definitiva de que o zika causa microcefalia; mas admitem que ele aponta nessa direção.  
O efeito do zika sobre o cérebro foi comprovado por outro estudo, que foi realizado pela UFRJ em parceria com o Instituto D'Or de Pesquisa, do Rio de Janeiro, e também acaba de ser publicado. A experiência também usou células-tronco, que foram reprogramadas para se transformar em células cerebrais, e infectadas com o zika. Na pesquisa brasileira, 40% das células foram mortas ou tiveram o crescimento afetado pelo vírus.
Mas não há apenas más notícias envolvendo o zika. Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz, aponta que o Aedes aegypti tem certa dificuldade em transmitir o zika. De cada 100 mosquitos infectados com o vírus, em média 20 conseguirão incubá-lo e transmiti-lo para outra pessoa - porque em apenas 20% dos casos o vírus consegue se reproduzir em quantidade suficiente para infectar a saliva do mosquito. Isso é metade da taxa de retransmissão do vírus da dengue (40 em cada 100 mosquitos infectados conseguem repassá-lo), e menos de um terço da taxa de retransmissão do chikungunya (70 em cada 100 mosquitos infectados podem repassá-lo).

Criador de abelhas diz ter produzido mel de maconha.

Insetos treinados por Nicolas "Trainerbees" tiram pólen da cannabis e levam para a colmeia - e ele garante que o produto final rende o mesmo barato que um cigarro de maconha.

Abrelha


Nicolas "Trainerbees" (treinador de abelhas, como ele se autodenomina) postou na noite da última quarta-feira um vídeo com a sua plantação de maconha. Com algo inédito: abelhas em volta de suas flores. E ele garante que o produto rende o mesmo barato que um baseado. Só que sem os malefícios da fumaça.


Ele também diz que as abelhas não sofrem qualquer efeito da cannabis ao puxar o pólen da planta por não possuírem receptores de canabinoides.
O homem de 39 anos vive na França e diz ter passado os últimos anos preocupado em unir suas duas paixões: maconha e abelhas. Treinou os bichinhos para coletarem o açúcar de frutas, ao invés de usar flores. Deu certo. Tentou, então, ensiná-las a puxar a resina da maconha e levar de volta à colmeia para produzir mel, o que ele diz ter conseguido. 
Em entrevista ao Mirror, Darryl Cox, do Bumblebee Conservation Trust, um grupo de pesquisa e preservação de abelhas, acredita no feito de Nicolas. "Abelhas poderiam coletar o pólen da cannabis, o que poderia ser potencialmente intoxicante", conta.
Como o produto ainda não está à venda, apenas Nicolas pode dizer se o mel causa ou não algum efeito psicoativo.

Sem esse gene, você seria uma gosma.

Um único gene foi o responsável pela evolução da vida complexa, revelam cientistas canadenses.

Gosma

A vida na Terra surgiu há uns 4 bilhões de anos. Por mais de 3 bilhões, essa vida era invisível, limitada a seres unicelulares. Alguém que nos visitasse acharia estar num planeta vazio, pelo menos até olhar no microscópio.  
Então tudo mudou. Surgiram plantas e bichos, primeiro meros filtradores, como as esponjas, depois seres grandes, ágeis e complexos, numa diversificação psicodélica de formas, a Explosão do Cambriano, há 500 milhões de anos.
O que teria sido o gatilho dessa revolução. Segundo um estudo da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), foi um gene. Todos os organismos complexos modernos, como animais, plantas e fungos, possuem genes versões modificadas dele.
A versão original foi perdida na evolução, mas seu segredo foi permitir a produção das enzimas chamadas proteínas quinases. Elas atuam como um sistema de comunicação dentro da célula, alterando outras proteínas, ligando e desligando genes, dando ordens para a célula se divida e coordenando o trabalho das organelas, as estruturas internas que não existem em bactérias e outras células mais primitivas.
Talvez o mais importante e que elas também permitem que uma célula se comunique com a outra. Músculos, neurônios e o próprio surgimento de um organismo com qualquer forma definida seriam impossíveis sem elas. O máximo que poderia existir seriam colônias de células ? ou, como os próprios cientistas definiram, uma ?meleca?, como aquela com que a titia faz iogurte caseiro. ?Se as duplicações e subsequentes mutações desse gene durante a evolução não ocorressem, a vida seria completamente diferente?, afirma o neurologista Stevel Pelech, um cos condutores do estudo. ?A forma mais avançada de vida em nosso planeta provavelmente ainda seria uma gosma bacteriana.?
O ser humano tem 500 genes relacionados às proteínas quinases. Quando eles falham, causam sérios problemas. Por exemplo, os cânceres surgem quando as células não pegam o recado para pararem de se multiplicar. A diabetes também nasce de um erro de comunicação.
A mutação aponta para o ancestral comum entre todos os eucariontes modernos ? não só as já citadas plantas, animais e fungos, mas também protozoários e algas unicelulares, seres com células muito mais complexas que as das bactérias primitivas. A mutação teria acontecido há mais ou menos um bilhão de anos. ?Nossa nova pesquisa indica que o gene provavelmente se originou em bactérias para facilitar a síntese de proteínas e então sofreu mutações para adquirir funções completamente novas?, afirma Pelech. Ele acredita que a descoberta pode criar todo um novo método de determinar a árvore da vida.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Em breve, você poderá usar o metrô sem pegar fila na catraca.

dFlow: as portas tem sensores com feixes virtuais infinitos
dFlow: as portas tem sensores com feixes virtuais infinitos.

As filas gigantescas causadas pelas catracas do metrô podem estar com seus dias contados. A empresa brasileira Digicon criou uma tecnologia de controle de acesso que permite que os pedestres entrem e saiam livremente de estabelecimentos públicos e privados.
Em vez de ficarem fechadas e se abrirem com o uso de uma credencial, como um bilhete, as catracas ficam sempre abertas e se fecham caso alguém use uma credencial inválida ou sem crédito. Quem tentar passar sem pagar também será rapidamente bloqueado.
Chamado de dFlow, o conceito levou dois anos para ser desenvolvido e recebeu um investimento de dois milhões de reais. A tecnologia usa de sensores de profundidade 3D para bloquear ou liberar a passagem das pessoas.
De acordo com a Digicon, o equipamento tem a capacidade de rastrear mais de 50 usuários por minuto - os dispositivos tradicionais podem comportar fluxos de 20 usuários por minuto.
Para que o acesso feche apenas quando o usuário não é autorizado, a empresa precisou utilizar um sensor com um número quase infinito de feixes virtuais que abrangem toda a região de passagem - que vai de 50 centímetros a 90 centímetros. Desse modo, a tecnologia segue o usuário de modo contínuo e gera informações de posição e tempo, controlando a velocidade do fechamento de portas.
"O hardware de controle é muito rápido e os algoritmos, muito precisos", explica Peter Elbling, CEO da Digicon, em um comunicado. Segundo ele, a novidade se mostrou capaz de barrar os usuários "caronas", aqueles que tentam passar pela catraca sem pagar com outra pessoa.
A identificação dos usuários pode ser feita a partir de cores. Por exemplo, uma credencial verde pode identificar a pessoa como um funcionário e a vermelha como um visitante. São mais de 16 milhões de cores que podem ajudar no controle do acesso.
Além disso, o dFlow é capaz de se integrar com outros recursos de identificação mais tradicionais, como o código de barras e cartões de proximidade Mifare (o mesmo usado nos metrôs de São Paulo), e outros mais novos, como a biometria de reconhecimento facial.
Segundo a empresa, a inovação poderá ser implantada em locais de grande fluxo de pessoas, como estádios, escolas, aeroportos e estações de transporte público. Elbling disse que a novidade surgiu quando a equipe de engenharia questionou o fato de os acessos estarem sempre fechados.
"Isso não fazia muito sentido, afinal a maioria de usuários tem credenciais válidas de entrada e não deveriam ser bloqueados", explica. Outro benefício do conceito de livre passagem é o fato de que os investimentos em bloqueios de acesso podem ser reduzidos, garantindo uma performance mais confortável e segura para o cliente.
"Quando associamos isto a vantagens operacionais como redução de uso de energia, de manutenção de leitores e controladores, entendemos que o dFlow é uma solução mais econômica", explica o CEO em entrevista para a EXAME.com.
Segundo a Digicon, o dFlow será apresentado no Brasil ainda neste mês e tem lançamento marcado para o exterior em abril.

Fechar aplicativos não economiza bateria do celular - e pode até piorar a performance do aparelho.

Diretores da Apple e do Google se pronunciaram sobre essa mania de fechar aplicativos.

Bateria smartphone

Sabe quando seu celular está todo travado, e você decide fechar os aplicativos que não está usando para deixar ele um pouco mais rápido, ou até mesmo para economizar um pouco da bateria? Pois é, má notícia: você só está deixando as coisas mais difíceis.
De acordo com o site 9to5mac um usuário de iPhone resolveu deixar de dar espaço para lendas urbanas e resolveu perguntar diretamente para o CEO da Apple, Tim Cook, se fechar os aplicativos dele realmente poupava alguma bateria. O homem, chamado Caleb, mandou um e-mail para o atendimento da Apple dizendo:

"Oi, Tim,
Você costuma fechar seus apps da aba multitarefa, e isso altera a duração da bateria? Só quero que você termine com toda essa controvérsia".
Acontece que Cook não respondeu, mas Craig Federighi - o responsável pelo iOS da Apple - mandou um e-mail sanando a questão:
"Oi, Caleb,
Eu sei que você perguntou para o Tim, mas pelo menos eu posso te oferecer meus conhecimentos.
Não e não.
:-)"
Ou seja, a bateria do seu iPhone não vai durar nem um segundinho a mais só pelo fato de você ter fechado o Tinder no trabalho.
E os 1,4 bilhões de usuários de Android? Bom para eles a situação pode ser ainda pior. "Acontece a mesma coisa. O sistema melhora conforme gerencia o que está sendo utilizado. Mexer com isso só sobrecarrega o aparelho e deixa-lo mais lento", afirmou Hiroshi Lockheimer, diretor do Android, ao site Quartz. "De maneira geral, é melhor deixar o sistema trabalhar. Ele foi feito para gerenciar os apps, então você não precisa interferir", completou.
A conclusão é: usuário de iPhone ou Android, nem pense em tocar na aba que gerencia aplicativos. Seu celular vai se virar sozinho, e você só vai atrapalhar.

Bazuca é desenvolvida para abater drones - sem quebrá-los.

A SkyWall é uma arma que promete proteger fronteiras, chefes de Estado e celebridades.

Bazuca anti-drone


Um homem fardado aparece no meio de uma estrada. Saca uma bazuca. Atira em um robô que sobrevoa a área. Só que o tiro não explode a máquina. Na verdade, paralisa o robozinho e, antes dele se espatifar no chão, ativa um paraquedas que o faz chegar intacto ao solo. Não, isso não é parte de filme dos anos 80 lançado diretamente em VHS. Na verdade, é uma propaganda feita em 2016 - a bazuca está prestes a ser comercializada. O vídeo você vê abaixo:




O grande trunfo da bazuca SkyWall é justamente o paraquedas, que permite que o conteúdo do drone seja preservado e investigado. Se o robô estiver transportando drogas em fronteiras ou celulares para dentro de prisões, a polícia poderia transformá-lo em pistas para investigação e, posteriormente, em evidência. Além disso, é uma forma não letal de garantir a segurança, sem correr o risco de ferir alguém. O texto de divulgação do produto afirma que a arma poderia ser usada em ocasiões que variam desde a proteção de chefes de Estado até a garantia de privacidade para celebridades fotografadas por drones.

SkyWall funciona assim: a arma usa ar comprimido para arremessar o projétil. A bala da bazuca, por sua vez, tem um sistema que calcula o momento exato para se partir ao meio e liberar uma rede - que paralisa o drone -, pouco antes de abrir o paraquedas. O armamento consegue atingir um alvo que está a até 100 m de distância do atirador.

Bazuca

A ideia é que a bazuca seja fácil de usar. O tempo médio para a recarga dos projéteis é de 8 segundos. "O sistema pode ser recarregado rapidamente, permitindo que vários drones sejam interceptados por um único atirador". Apesar disso, o armamento não é tão prático quando se pensa em dimensões. A SkyWall tem 1,30 m de comprimento e pesa 10 kg.
A OpenWorks Engineering, empresa britânica que está produzindo o armamento, planeja colocar as primeiras versões à venda a partir de novembro, ainda sem preço especificado. Mas quem quer um sistema antidrone mais eficiente talvez precise esperar mais um pouco. A empresa já divulgou que novos modelos serão lançados, incluindo um que atira automaticamente sempre que localiza um drone. Raça humana 1 x Robôs 0.

Companhia aérea abastece aviões com lixo.

United Airlines começa a usar biocombustível em voos nos EUA.




O biocombustível começou a ser usado no voo UA708, que vai de Los Angeles a São Francisco e dura pouco mais de uma hora. Ele é fornecido à United por duas empresas (AltAirFuels e Fulcrum Bioenergy), que criaram processos para transformar lixo orgânico em combustível. A AltAirFuels usa gordura e óleo como matérias-primas, mas a Fulcrum é mais flexível: seu combustível é feito de lixo comum, que iria ser jogado em aterros sanitários.  
Os Airbus A319 da United começarão a ser alimentados com 70% de querosene de aviação e 30% de biocombustível. Para a empresa, a vantagem é a economia - pois o combustível feito de lixo custa menos. Também há uma vantagem ambiental, pois o processo resolve o problema do que fazer com uma parte do lixo, reduzindo a pressão sobre os aterros já superlotados (os EUA produzem 250 milhões de toneladas de lixo por ano), e também porque a queima do biocombustível gera menos CO2. A United diz que pretende usar 360 milhões de litros de biocombustível por ano, alimentando todos os seus aviões que reabastecem em Los Angeles.

Nasa prepara avião supersônico de passageiros - como o Concorde, só que melhor.

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A agência espacial americana anunciou que está desenvolvendo, em parceria com a GE e a Lockheed Martin, um avião supersônico de passageiros - coisa que os céus do mundo não veem desde a aposentadoria do Concorde, em 2003. O Concorde, que foi criado pela França e pela Inglaterra nos anos 1970, sempre teve um problema crítico: ao ultrapassar a velocidade do som, gerava o chamado estrondo sônico, uma onda de choque ouvida como uma espécie de explosãopelas pessoas em terra. Por isso, o Concorde foi proibido de voar em velocidades supersônicas quando estivesse sobre áreas habitadas, o que limitou bastante sua agilidade. O avião deixou de operar comercialmente no começo dos anos 2000, quando protagonizou um acidente grave que matou 113 pessoas em Paris. De lá para cá, a aviação comercial deixou de oferecer voos supersônicos. 
Mas, no que depender da Nasa, ela vai voltar. A agência diz ter inventado uma tecnologia supersônica silenciosa, que reduz muito o estrondo sônico - e pretende usá-la em um novo avião, que se chama QueSST Passenger Jet (a sigla significa Quiet Supersonic Technology), cujos testes começariam já em 2020. Não há mais informações sobre a aeronave, como preço ou número de passageiros, mas a Nasa divulgou uma animação indicando como ele poderá ser (veja abaixo). A Nasa diz, apenas, que a redução de ruído é conseguida graças ao formato do avião, que é bem diferente do comum, e aos materiais empregados em sua na construção.


Além do projeto da Nasa, existem outras iniciativas de aviação supersônica - para atender ao mercado de voos executivos. O avião AS2, da Aerion Corporation, é um deles. Ele promete capacidade para 12 passageiros e velocidade máxima de Mach 1.5 (uma vez e meia a velocidade do som). Já o S-512, da Spike Aerospace, promete levar 18 passageiros a Mach 1.6. Ambos começarão a ser testados entre 2018 e 2020.

Fonte: SuperInteressante

Chuveiro permite tomar banho infinito - com apenas 10 litros d'água.



Batizado de Showerloop, o chuveiro permite tomar banho sem se preocupar com o consumo de água - porque ela é reaproveitada. Ao contrário de outros chuveiros ecológicos, que coletam água mas a utilizam para outros fins (como acionar a descarga da privada), no Showerloop a água volta para o próprio banho. Os criadores do produto dizem que, graças a isso, é possível tomar banho por quanto tempo você quiser, gastando apenas dez litros de água - mesma quantidade que os chuveiros comuns gastam a cada minuto de uso. 
O truque está no processo de reaproveitamento da água, que passa por várias etapas de limpeza depois de escoar pelo ralo. A primeira é uma tela, que retém fios de cabelo. Em seguida, a água passa por um filtro de microfibra, uma camada de areia e outra de carvão ativado, que supostamente eliminam as partículas de sabão. Por fim, a água é esterilizada por uma lâmpada de luz ultravioleta, e bombeada novamente para o chuveiro.  
Segundo o fabricante, outro ponto positivo é a economia de energia elétrica. Como a água já foi esquentada no momento em que se abriu o registro do chuveiro, gasta-se menos para mantê-la na temperatura ideal. O produto está sendo lançado na Europa este mês, em um kit que custa 1.500 euros (custo de instalação à parte).